O que são "Calaveras Literarias"?

As Calaveras literarias ou Calaveritas literarias são versos rimados em uma ou várias estrofes e formam parte de uma das maiores festividades mexicanas: Día de muertos.

São usadas, muitas vezes, para mostrar o descontentamento do povo mexicano com o governo e também personalidades de grande influência. Apesar disso, acredito que a maior característica é tirar onda da morte e enganá-la, pra quem sabe, adiar sua vinda.

Vamos falar um pouco mais sobre essas características.
  • São celebradas, em geral, no dia 2 de novembro
  • Há concursos de todos os tipos que incentivam a população na produção contínua de conteúdo lieterário
  • Apesar de ser uma atividade do Día de muertos, é frequente ver apresentações antes da celebração.
  • As calaveras literarias podem ser representadas apenas por palavras, mas por vezes também por imagens que ilustrem a morte.
  • As ilustrações mostram o exato momento em que o difunto se encontra com a morte, mostrando seu fim neste mundo.
A dona morte tem vários nomes dentro da cultura mexicana, dos quais se destacam:
  • La Parca: são três irmãs (Las Parcas), provenientes da mitologia romana. Elas representam o nascimento, a vida e a morte e eram capazes de escrever o destinos dos homens nas paredes de um muro de bronze e ninguém podia apagar o que escreviam.

  • La Catrina: é uma criação do ano de 1910 de José Guadalupe Posada, gravurista e caricaturista mexicano. A Catrina é uma caveira que vestia roupas de da alta sociedade de sua época de criação e representava a vinda da morte para todos, sem importar se é rico ou pobre.
  • La Llorona: é a representação de uma alma que chora desesperadamente a morte de seus filhos, que morreram por seu descuido ao atentar-se a coisas triviais e deixar, por um momento seus filhos em segundo plano.



Veja um exemplo que pode ser encontrado no site: Calaveras Literarias

Calaverita a los mexicanos
Los mexicanos somos
como la parca huesuda:
Siempre cantando y bailando,
nunca teniendo cordura.

De la muerte nos burlamos
pero bien que le sacamos
A la hora de la hora
toditos nos arrugamos.

Y en los panteones andamos
siempre con gran pleitesía
visitando a los hermanos
que se nos adelantaron.

Les llevamos las canciones
las comidas y las flores.
No olvidamos los cigarros,
el alcohol y los olores…

El incienso de copal
es presencia indispensable
y la luz de veladora,
de su camino infaltable.

Pero los mexicanos somos
fiesteros incomparables,
y aún en esas andanzas…
..andamos hasta la madre.

Y la parca lisonjea
entre una y otra tumba,
señalando con soltura
a su próxima presea.

Pues mexicanos somos,
y en el camino andamos
y a la muerte segurito
todos nos encaminamos…..
SÍ SEÑOORR

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